O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos do Estado de Goiás-CIRA, composto pela Procuradoria-Geral do Estado, Polícia Civil, Secretaria da Economia e Ministério Público Estadual realizou ontem (15) a operação “Desembalo”, visando dar cumprimento a oito mandados de busca e apreensão em empresas, a maior parte indústrias de fabricação de embalagens plásticas, nas cidades de Anápolis e Goiânia, além de escritórios de contabilidade. A operação conta com a participação de 9 Procuradores do Estado, 7 delegados de polícia, 30 policiais civis, 2 equipes do Grupo Tático 3 (GT3) da Polícia Civil, 20 auditores-fiscais e 1 Promotor de Justiça.

A operação em questão é denominada “Desembalo”, porque objetiva descortinar manobras fraudulentas, em especial confusão e ocultação patrimonial realizadas pelo Grupo Econômico familiar Embalo Embalagens, a fim de blindar o patrimônio da família e das empresas em face de dívidas tributárias, as quais superam o patamar de R$ 200 milhões de reais em ICMS e multas. Seus sócios respondem a ações penais por crimes contra a ordem tributária.

Foi determinada pela juíza da Vara da Fazenda Pública Estadual de Anápolis, além das buscas e apreensões nos estabelecimentos empresariais envolvidos, a indisponibilidade de todo o patrimônio das empresas, dos sócios e de terceiros envolvidos, estimado em dezenas de milhões de reais. A maior parte das diligências está sendo realizada em Anápolis, sede da maioria das empresas do grupo.

Com essas medidas, o Cira objetiva descortinar o eventual patrimônio ainda não identificado, possível caixa dois e outros elementos relacionados ao esquema de fraudes e ocultação patrimonial.

Fonte: Rota Jurídica

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